segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Espaço Educação: Nosso destino nos pertence?

colaborador Juliano Carrer
 - cocalcomunitario@gmail.com
Reprodução filme

Acabo de assistir ao filme "Faroeste Caboclo". O filme se baseia na música de Renato Russo, com o mesmo nome do filme, e retrata a vida de João, que mesmo tentando mudar sua vida acaba por morrer.

Ao final o personagem "João de Santo Cristo" faz as seguintes perguntas:
"Fui eu ou foi o destino?
Se eu tivesse feito diferente, mudava o meu caminho?
O sonho virava destino?"

Quantas são as pessoas que sonham com uma vida diferente? Quantos são os brasileiros que sonham com comida na mesa e com um teto?

Cresci escutando na TV e nas bocas das pessoas que aquilo que temos é fruto apenas do nosso trabalho. Que aqueles que não possuem teto e/ou passam fome assim o fazem porque querem. Nessa lógica os nomeados como "vagabundos" assim o são por opção. Será?

Será que os que passam fome assim escolheram? Será que quem trabalha pra caramba consegue adquirir qualquer coisa?

Claro que não! Isso tudo é uma grande mentira que vamos aprendendo desde pequeno. Hoje percebo isso. Basta olhar com outros olhos ao redor e enxergar. Enxergar que geralmente os que mais têm não são os que mais trabalham. Enxergar que poucos conseguem com muito trabalho mudar sua situação. Enxergar que é óbvio que é mentira, pois mesmo que todos quisessem seria impossível terem as mesmas coisas materiais que nos prometem (não teria matéria prima disponível na Terra para isso).

E porque nos ensinam isso?

Para não questionarmos! Vivemos em um mundo o qual os que possuem muito, possuem às custas dos que não possuem. Um mundo o qual a pobreza e a riqueza são encaradas como mérito, em que os ricos e pobres acreditam que são merecedores daquilo que possuem. E isso é um grande engano.

Por isso a importância de ser ensinada esta lógica a qual vivemos. Ensinar que existem os exploradores e existem os explorados. Pois se aqueles que são explorados (a maioria da população mundial) se dessem conta disso poderiam lutar para mudar essa situação.
"Santo Cristo até morte trabalhava mas o dinheiro não dava para ele si alimentar. E ouvia as 7 horas no noticiário que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar..."
Faroeste Caboclo

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